Nos últimos anos, o marketing de conteúdo tem deixado de ser apenas uma estratégia digital para se tornar uma verdadeira força cultural.
Um dos movimentos mais interessantes nesse sentido vem do grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), mas que está mergulhando de cabeça no universo do entretenimento como ferramenta estratégica de branding.
Mas por que uma marca de luxo como a Louis Vuitton está apostando no marketing de conteúdo?
A Lógica Por Trás da Estratégia de Marketing de Conteúdo
No processo comercial, o marketing tem uma função clara: encontrar, atrair e aquecer o público.
No entanto, o conteúdo é peça-chave nesse aquecimento. O grupo LVMH percebeu isso e criou uma divisão chamada 22 Montaigne Entertainment, liderada por Antoine Arnault, filho do bilionário Bernard Arnault.
O nome da divisão faz referência à histórica loja da Louis Vuitton localizada na Avenue Montaigne, em Paris.
Contudo, a ideia é simples e poderosa: usar filmes e séries para contar histórias das marcas do grupo, que reúne mais de 70 marcas de luxo, entre elas Louis Vuitton, Dior, Moët & Chandon, Tiffany & Co., Fendi, entre outras.
Mesmo que não seja algo novo — trata-se de uma evolução de uma fórmula antiga e extremamente eficaz.
O Exemplo de Hollywood no Marketing de Conteúdo
Hollywood foi pioneira nesse tipo de marketing. Através do cinema, os Estados Unidos venderam o conceito do American Way of Life para o mundo.
De modo que filmes mostravam famílias em casas amplas, usando marcas como Nike, Apple, Levi’s — tudo isso inserido de forma natural nas histórias.
Logo, o cinema americano não vendia só produtos, vendia o sonho americano. E o mundo comprou.
Mais do que vender diretamente, Hollywood ensinou o valor de se vender um conceito antes de vender o produto. Afinal, através do entretenimento, as pessoas se conectam emocionalmente com uma ideia de vida. E, uma vez conectadas, o desejo de consumir os produtos daquela narrativa vem naturalmente.
Entretenimento : O Vendedor Silencioso
Walt Disney dizia: “Prefiro entreter as pessoas na esperança de que aprendam do que ensinar na esperança de que se entretenham.”
Aliás, esse princípio norteou a criação do império Disney, que une filmes, parques temáticos, produtos licenciados e experiências imersivas.
A estratégia é clara: primeiro você vende a ideia, depois o produto. E quando essa ideia é bem construída, a taxa de conversão é infinitamente maior, porque o consumidor já quer aquilo. Decerto ele já está convencido — ou melhor, ele mesmo se convenceu.
O Futuro: Filmes de Marcas
Se antes o cinema era dominado por super-herois, agora o espaço começa a ser ocupado por marcas.
Assim sendo, filmes como Air (Nike), Casa Gucci, Bonequinha de Luxo (Tiffany & Co.), e até séries como Emily in Paris — recheadas de produtos do grupo LVMH — mostram que o público tem interesse nas histórias por trás das grandes marcas.
Decerto, esses conteúdos não são apenas publicitários. São emocionais, envolventes, aspiracionais.
O espectador não sente que está assistindo a uma propaganda, mas sim vivendo uma experiência. Em razão disso é justamente aí que está o poder do marketing de conteúdo.
Oportunidade para Todas as Marcas
Você não precisa ser a Louis Vuitton para aplicar essa estratégia. A ideia principal é falar menos do produto e mais do impacto que ele causa na vida das pessoas.
Ou seja, conte a história da sua marca. Fale sobre seus valores, sua origem, os bastidores. Inspire, eduque, entretenha.
No final das contas, conteúdo é relacionamento. E relacionamento constroi desejo.
Escreva aqui abaixo se gostou dessa estratégia e se implementaria no seu negócio?
